Márcia Ramos
Fazer poesia é derramar amor sobre uma folha de papel em branco!
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Shangri-la...










Existem momentos que guardaremos para sempre no baú das nossas lembranças...
Há muitos anos atrás, assisti a um filme cujas imagens e contexto, até hoje estão presentes na minha mente.
Obra-prima de Frank Capra, o filme Horizonte Perdido é baseado no romance best-seller de James Hilton.
Foi indicado sete vezes ao Oscar, vencendo dois (direção de arte e montagem).
A direção de arte é extraordinária e os cenários de Shangri-la são considerados os maiores já construídos em Hollywood.

Talvez hoje, a simplicidade e beleza deste filme não tocassem tanto o meu coração, mas na época, foi uma verdadeira revolução!
Esta semana, ao procurar imagens na internet, esbarrei com o nome Shangri-la e o tempo voltou em fração de segundos.
Após a queda de um avião no Himalaia, um grupo de pessoas  encontram uma cidade perdida. O lugar é o paraíso, Shangri-la, onde vivem um grande contraste com a vida urbana.





O filme é musical (Burt Bacharach) e suas letras traduzem com perfeição as cenas exibidas.
As músicas enriquecem a obra.

Logo nas cenas iniciais, vemos as montanhas do Himalaia ao som de uma linda música que diz mais ou menos o seguinte: “Alguma vez você já sonhou com um lugar. Longe de tudo. Onde o ar que respiramos é limpo e macio. E as crianças brincam nos campos verdes. E o som das armas, não é ouvido. Muitas milhas de ontem antes de chegar amanhã. Onde o tempo é sempre hoje”.
Nestes poucos versos, resume-se o desenrolar do filme.
Em cada cena, um novo aprendizado!
Ensinamentos milenares de pura reflexão.
Um lugar cheio de amor e paz, aonde a ganância ainda não chegou aos corações dos seus habitantes.
O paraíso da cura, da beleza, da coragem, da sabedoria e alegria de viver!





Para mim, a cena mais marcante é no final do filme...
Apaixonados e com o desejo de jamais se separarem, Conway e Sondra resolvem voltar à civilização, porém, são alertados das mudanças que podem sofrer.
Shangri-la é um lugar especial, onde o tempo não passa para os seus habitantes.
Ou seja, neste lugar, existe a eterna juventude e felicidade plena.
Entretanto, qualquer morador que saia da cidade, sofrerá as consequências do tempo.
Ao subir as montanhas, a doce e linda Sondra, começa a se transformar...
Conway não percebe porque está tentando achar a saída.
De repente, Sondra sussurra o seu nome e então ele percebe no que se transformou...
Com mais de cem anos (não tenho certeza da idade...), Sondra reduz-se a uma velha cadavérica e morre nos seus braços (a cena é chocante e inesperada).    
Horizonte Perdido é um filme reflexivo, que questiona nossos valores e nos faz olhar para o mundo com um olhar crítico, mas ao mesmo tempo, compassivo.
Uma coisa é certa...
Quem assistir a este filme, jamais o esquecerá!
Ao falar das minhas lembranças, não tive como objetivo fazer uma resenha do filme. Apenas quis mostrar que, muitas vezes, podemos mudar o rumo das nossas vidas... Transformar a tristeza  em alegria, a doença em cura, a guerra em paz, o medo em coragem, o ódio em amor...
Só depende de nós!
Quando não mais existir esperança, acredite que um novo horizonte se abrirá e a felicidade para sempre no seu coração residirá!
Desejo que cada um encontre neste mundo a sua Shangri-la!
 
 
  


(Imagens e dados cinematográficos do Google) 




http://www.marciaramos.recantodasletras.com.br/index.php



Márcia Ramos
Enviado por Márcia Ramos em 10/03/2012
Alterado em 11/03/2012
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