Márcia Ramos
Fazer poesia é derramar amor sobre uma folha de papel em branco!
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Lembranças guardadas no meu coração...

 

Vejo-me com um olhar tristonho na janela do meu quarto...
Imagens repousam na minha mente e então, lembro a minha infância.
Tempo de simplicidade...
Da família ainda unida ao redor da grande mesa,
Dos ensinamentos do meu avô,
Do apito do guarda-noturno durante as madrugadas,
Do vidro de leite deixado na porta todas as manhãs.
Saudade...
São João, Santo Antônio e São Pedro,
Era muito bom!
Muita música e bandeirinhas enfeitavam o local,
Ainda sinto o gosto da batata-doce na brasa,
No céu, pontos de luz em forma de balão a brilhar,
Ouço o sorriso das pessoas e o estalar do carvão a queimar.
Quem se arriscava a fogueira pular?
Saudade...
Da inocência do brincar,
Do pão quentinho todas as tardes,
Daquela casa grande e simples, com um cheiro tão peculiar,
Cheiro de jabuticabeira,
De manga tirada do pé,
De doce de laranja da terra feito pela minha avó...
Sinto “cheiro” de saudade!
Daqueles olhos de azul infinito...
Saudade que machuca quando penso naqueles que se foram
E que me alegra ao lembrar que já existiram.
Hoje me pego com o mesmo olhar tristonho na janela do meu quarto...
Os anos passaram e muita coisa mudou,

Menos as lembranças guardadas para sempre dentro do meu coração.









 

Márcia Ramos
Enviado por Márcia Ramos em 24/05/2011
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